domingo, 27 de fevereiro de 2011

Atropelamento de Ciclistas em Porto Alegre

Vídeo forte. Quem não quer ver coisa feia, não dê o play.
Vejam o vídeo:


 
Primeiramente, o cara do Golf é um psicopata e merece uns 15 anos em uma cadeia superlotada, ou um leito em um manicômio.


O atropelamento ocorreu por volta das 19h30 na esquina das ruas José do Patrocínio e Luiz Afonso, no bairro Cidade Baixa.

No grupo de jovens que fiz parte (Grande PROJOVEM!), TODA volta ciclística que organizávamos chamávamos a polícia para fazer escolta.
Ciclista que quer andar em grupo PRECISA de batedores na frente (para parar os cruzamentos) e na parte de trás (por motivos óbvios no momento).

Eu ando na redenção todos os dias depois do trabalho e já vi várias vezes esse pessoal andando de bicicleta por ali, sem a menor preocupação com sua própria segurança.

Eles andam em grupo, fechando toda a via, na esperança de serem tratados como um veículo maior.
Na primeira vez que eu vi essa temeridade, já havia pensado que, mais cedo ou mais tarde, haveriam acidentes sérios. Claro que não imaginava um boliche atropelamento em massa como esse.

A própria delegada que atendeu à ocorrência comentou:
"Sabemos que não houve pedido de proteção para a Brigada Militar e nem para a Empresa Pública de Transporte e Circulação, o que poderia ter dado mais garantia de segurança aos ciclistas. Vivemos em uma democracia, mas há regras para isso."
Delegada Laura Rodrigues Lopes


E a justificativa, dada pelos ciclistas, para não utilizarem batedores foi:
"O intuito da Massa Crítica é incentivar o uso da bicicleta, por isso não faz muito sentido pedir apoio de carros para proteger quem está de bicicleta. A partir do momento em que se coloca autoridades policiais e de trânsito apoiando uma manifestação de ciclistas, os motoristas estariam respeitando apenas essas autoridades e não a bicicleta. Vamos discutir a postura da Massa Crítica e avaliar se é necessário pedir apoio para esses eventos a partir de agora."


Não adianta, não vivemos em um pais civilizado. E as bicicletas não possuem vez no trânsito.
Pelo menos não em um trânsito em que os motoristas são habilitados com menos de dois meses de "curso" de direção - ou sequer isso, no caso dos motoristas mais antigos...

Sonhe uma vida mais bela!

Acabei de ler a seguinte frase:

"Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."

Essa frase estava em um desses orkut's da vida.
E ela não estava sozina não: há muitas e muitas pessoas com a mesma frase, ou com frases de significado semelhante.

Sabe, esse tipinho de pensamento me revolta.

Pensar que para acender uma lâmpada, Thomas Edison demorou quase 2 anos... Pesquisas, Teorias, Planejamento, Prototipação, Tentativa e Erro, até - em um passe de mágica - conquistar o seu objetivo.

Posso citar mais milhares de pessoas que, como Edison, gastaram um tempo precioso da sua vida e fizeram algo maravilhoso.
Mas vou além.
Vou citar pessoas que não só gastaram o tempo da sua vida, mas aproveitaram o tempo da vida dos outros, o resultado do esforço que parecia ter chego a um fim, mas não chegou.
Posso citar Albert Einstein, que, não satisfeito com a explicação de mundo de Sir Isaac Newton, tomou o tempo não só da fonte primária, mas de muitos outros que teorizaram; juntou todos estes tempos ao seu próprio e unificou matéria e energia. Mostrou que a gravidade não é uma "energia misteriosa que aproxima matéria" mas, sim, a deformação que a matéria faz no espaço.

Entendam: Coisas grandes precisam de tempo. Ninguém tropeça em uma teoria geral da unificação de leis da física. Ninguém monta uma máquina nova em sua hora de ócio. Não há livro, tela, filme ou música que não sejam resultado direto de planejamento, horas árduas de esforço e comprometimento com a causa, espera silenciosa pela faísca da criatividade... "Uma música é 5% inspiração e 95% transpiração", não é assim a frase? Mas essa "transpiração" não é somente ficar torturando o instrumento... é imaginar a letra, é sentir a melodia antes de executá-la, é lembrar que a bateria pode fazer tal som para complementar. É sonhar com o fim da execução e a reação que as pessoas terão.

Eu arrumaria a frase infeliz citada lá em cima.
Diria eu que temos, sim, que realizar. Mas, sem o sonho, a realização pura nos transforma em robôs automatos de linas de montagem, que realizam sempre as mesmas tarefas simples, incapazes de transcender e mostrar ao mundo o pleno potencial humano.

"Viva cada dia como se fosse o primeiro!"

Por fim, esse tipo de frasezinha me parece filosofia feminista, feita para justificar a onda de libertinagem que assola nossa civilização.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Meu aniversário.

Foi-se mais um aniversário.

Mas, este foi - com certeza - o aniversário mais solitário que tive em toda minha vida.

Senti bem o que significa a "solidão da cidade grande", onde existem milhares de pessoas à tua volta, mas nenhuma delas serve para te dar um abraço.

Sei lá, cada dia que passa eu acho:

1 - To fazendo algo errado;
Só pode.. Por mais que eu me esforce, as coisas não saem como eu quero.
Tenho que parar de esperar coisas dos outros.

2 - Vou acabar sozinho.
Porque a desilusão sobre cada pessoa nesse mundo é muito pesada para mim.
Prefiro meu próprio mundo de faz-de-conta, onde as coisas são perfeitas.

Pelo menos, acabou o meu inferno Astral!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Trabalho Apertando...

Gente amiga!

Não tenho postado muito aqui porquê o serviço está começando a engrenar.
Então, com a falta de tempo, os textos e pesquisas tornam-se escassos mesmo.

Em breve, vou falar a respeito de salário X cotação com Dolar X Inflação, para mostrar que estamos muito melhor que antes, mas ainda longe do ideal.

Enquanto isso, para o povo que gosta de tecnologia, ando alimentando o meu blog japlication.blogspot.com com alguns tutoriais bem interessantes. Claro que, no serviço, faço bem mais do que o que mostro ali, a idéia é, apenas, retransmitir e guardar o conhecimento.

Assim que sobrar um tempo, novas postagens por aqui.

Sigam-me no Twitter: @alssst

Ps - Pai, se você ler, PRECISO de um note, da faculdade e de um curso de Inglês...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Super Bowl XLV (45)! Green Bay Packers!

Então amigos... Pelo idos de 1993 ~1994 eu descobri os "esportes Norte-Americanos". A princípio foi o Basquete. Depois, veio o BaseBall. Hockey. E, por fim, o Futebol Americano.

Confesso que Basquete eu já fui mais fã. Quando adolescente, era um bom armador para a faixa etária.
Baseball é um saco.
Hockey eu ADORARIA poder jogar, mas no Brasil sequer neva...

Agora, depois de assistir a algumas temporadas, concordo com os Norte-Americanos: Futebol Americano é o melhor esporte já jogado no mundo.


E, desde o início, me encantei com a equipe do GreenBay Packers.
Particularmente, já havia escolhido o Boston Celtics por, até então, ser o maior campeão da NBA. Foi natural ter escolhido os Packers para time no Futebol Americano, os maiores campeões da NFL.


Porém, desde que eu virei torcedor dos Packers, eles nunca haviam ganho nada...
Até ontem!

Em uma lavada, os Packers venceram os stillers e levamos o SuperBowl 45!

Weeeeeeeeee!


Quinta Guerra Mundial

Einstein estava errado. A Terceira Guerra mundial foi fria e tecnológica. Não estouramos bombas atômicas e não houve o hecatombe nuclear.

A Quarta Guerra Mundial não foi feita com paus e pedras. E o motivo não foi a pouca comida. A Quarta Guerra Mundial foi travada economicamente, motivada pela disputa do controle das jasidas de petróleo.

Hoje, vendo uma entrevista, notei que estamos vivendo a Quinta Guerra Mundial: A guerra pelo controle da possibilidade de produção.

Bem, primeiramente, temos que compreender o que é uma guerra.
A guerra é o derivado natural do Capitalismo.

No Capitalismo, há necessidade de produção, comércio e lucro.
Quem tem capital social para produzir contrata  know-how (funcionários) para produzir, efetuar vendas, transporte, etc... Porém, o lucro não é distribuído entre todas as camadas. Aliás, quanto menos o detentor do capital social puder pagar para a massa com know-how, menos paga. E joga a favor dessa situação a multidão sem capital social. Temos, então, um leilão de know-how, onde "ganha" o contratado que aceitar receber menos.

Ao passar do tempo, poucas pessoas ficam com muito capital social e muitas pessoas se matam para receber cada vez menos.

Uma guerra é um ponto de ruptura dessa situação.
É o ponto onde se redefinem os detentores do capital social (A história é escrita por quem vence, né?).

Isso porque uma multidão faminta - teoricamente - sobrepuja facilmente uma parca elite.

A Primeira Guerra Mundial nada mais foi do que a revolta dos países Europeus que não possuiam colônias para explorarem. Sem colônias, esses países trabalhavam muito e constituíam pouco capital social. Sem capital social, a multidão de famintos rebelou-se contra seus vizinhos, gerando o ponto de ruptura.

Depois da primeira guerra, as sanções indústriais, comerciais e políticas aos povos derrotados só pioraram as coisas. O pensamento Nacionalista foi apoiado pelo povo porque era o único que poderia salvar a população do desastre financeiro. (A alemanha, por exemplo, antes da segunda guerra, amargava inflação de mais de 900% AO DIA! Sim, você recebia agora e era uma corrida contra o tempo para comprar comida. Se deixasse para o outro dia, talvez o salário do mês não bastasse para comprar um pão!)
A Segunda Guerra Mundial foi o ponto de ruptura.

O problema da Segunda Guerra é que os países que mais "trabalharam" (== foram atacados) para a vitória aliada (Rússia e França) foram os que menos receberam espólios. Estados Unidos e Inglaterra saíram os grandes vencedores desta batalha.
Porém, depois de duas guerras mundiais, sangrentas e desumanas, os líderes mundiais aprenderam a perceber padrões e antecipar os pontos de ruptura. Assim, em vez de esperar que suas populações comecem a morrer de fome, os líderes tomam atitudes estratégicamente antecipadas para manter, evitar perder ou aumentar seu capital social.
A "Guerra Fria" se extendeu por mais de 30 anos. E matou mais gente do que a Primeira Guerra. E afetou direta ou indiretamente mais gente do que a Segunda Guerra. Só que ninguém notou. A Terceira Guerra Mundial foi uma guerra de antecipações. De pequenos conflitos (Vietnã, Afeganistão, etc...) e muita força econômica (dissociação do ouro com o dólar). E essa guerra acabou não porque um lado matou mais pessoas do que o outro. A Terceira Guerra acabou quando o bloco dos Estados Unidos sufocou economicamente o bloco Soviético. Então, houve a queda do muro de Berlim e o capital social foi redistribuído, sem que a grande massa tivesse notado...

Então começou a Quarta Guerra Mundial. Essa guerra era, até então, a "guerra mor" das antecipações. Não há, no mundo, quem lucre mais do que as pessoas que são detentoras de direitos de extração ou de poços de petróleo. E estas pessoas - desde sempre - utilizam seu capital social elevado para manter o mundo dependente de sua fonte de energia. Notando que o Petróleo não é uma fonte renovável, essas pessoas antecipam a falta e atacam os poços alheios, querendo dominá-los economicamente.
A guerra do Iraque, por exemplo, nada mais foi do que a ruptura entre a Europa, Rússia e Estados Unidos pelo direito de extração e compra do petróleo Iraquiano. E o Saddam Hussein foi enforcado não por causa de violação de direitos humanos ou crimes contra a humanidade mas, sim, porque tinha contrato com as três potências e ficou leiloando "pelo melhor preço", jogando com seus valiosos poços de petróleo.
E as tropas americanas só saírão do Iraque quando:
1 - Conseguirem colocar alguém comprometido com os EUA no poder Iraquiano.
2 - Secarem os poços de petróleo.
O que acontecer primeiro.

Mas hoje, vendo um vídeo do youtube indicado pelo grande amigo Robson, notei que estamos - já - na Quinta Guerra Mundial.




Não é nenhum surpreza para quem lê o meu blog que eu afirmo, categoricamente, que não estamos sofrendo um aquecimento global. Apesar de acreditar que já entramos no antropoceno (http://alsssg.blogspot.com/2011/01/antropoceno.html), essa crença é baseada na modificação do solo, água e ar, feitas pelo ser humano. Porém, essas mudanças não estão gerando o aquecimento global. Como muito bem explicado pelo Molion no vídeo, estamos gerando modificações locais, chuvas que não tem para onde escoar alagam cidades, ribanceiras sem proteção de árvores causam desabamentos, creio até que grandes minas e deslocamento de milhares de toneladas de recursos naturais causem desequilíbrio em pequenas placas tectônicas, causando pequenos tremores. Agora, culpar o CO² pelo aquecimento global, para mim, é manipulação.
Isso porquê dados comprovam que a terra não está esquentando. Cientistas que aferem concentrações de elementos e temperaturas do passado (em gelo, anéis de árvores petrificadas ou diretamente nas camadas do solo) notam que a temperatura da Terra oscila naturalmente em ciclos. Além disso, nosso planeta já foi muito mais quente do que hoje em dia.
Re-invoco a idéia dos dinossauros: Répteis de sangue frio de até dezenas de toneladas. Se, hoje, um crocodilo de mais de 100 kilos tem que ficar mais de 4 horas aquecendo seus músculos no sol para poder se mexer, como um brachiossauro (http://blogdinoword.blogspot.com/2008/07/brachiossauro.html), com mais de 25 toneladas conseguiria sobreviver? Ficaria 14 horas tomando sol (quando possível) para, depois, pastar por 2 ou 3 horas? Uma vaca, de até meia tonelada, pasta e rumina até 10 horas por dia...

Bem, voltando ao CO² e ao vídeo, a idéia de que as nações desenvolvidas não têm mais como crescer. Já esgotaram seus recursos naturais e sobrevivem de acordos e direitos de exploração (A África que o diga...). Ao notarem Brasil, Rússia, China, Índia, África do Sul, México, Argentina e outros países "emergentes" crescendo assustadoramente todos os anos, cria-se a urgência de interromper o avanço destas "tropas inimigas". Porque, se não anteciparem, cedo ou tarde essas nações ultrapassarão - naturalmente e pacificamente - o capital social das nações dominantes de hoje.
A melhor forma que as nações desenvolvidas encontram para diminuir ou estagnar esse avanço é cortar as fontes energéticas dos emergentes.

A energia elétrica é pré-requisito para o desenvolvimento. E a maneira mais fácil de obtê-la é através de queima de combustível fóssil - item que os países emergentes geralmente possuem em abundância, ainda. (Não é irônico que EUA, Alemanha, Japão e outros tenham as maiores montadoras de carros e não exijam a utilização de carros elétricos mas, sim, que as fábricas do países em desenvolvimento párem?)

Então, os EUA exigem que as nações emergentes párem de produzir, mas não estanca o seu crescimento. E encontra coro justamente nas demais nações de "primeiro mundo". O que eles querem não é salvar o planeta. Manipulam dados para que as nações emergentes "preservem a natureza", a "biodiversidade", "encontrem soluções alternativas" (geralmente mais caras) e, assim, jogam para nossos ombros a responsabilidade de manutenção do planeta.

Só não explicam porque eles não devem parar de produzir, porque eles não devem encontrar soluções, porque eles não transferem capital social para idenizar o esforço em "salvar o planeta" pelos países emergentes.
Aliás... Além de toda a sujeira do mundo ser dos países de primeiro mundo, eles a fizeram com métodos de produção de energia arcaicos, os quais já foram ultrapassados e não são mais utilizados. Até a China aproveita melhor o potencial energético de cada kilo de carvão ou litro de petróleo. Os nossos veículos consomem menos e possuem mais filtros, emitindo muito menos poluição do que os primeiros, largamente utilizados nas potências econômicas.

A verdade é uma só. Depois de Destruir a Europa, a Rússia e o Oriente Médio, as potências econômicas querem manter seu domínio sobre o capital social combatendo os emergentes.
Nós, Brasileiros, somos um alvo dos EUA. Bush já quis vir "inspecionar" Angra I e II, e fomos defendidos graças a interesses Europeus na época. Não fosse pela birra declarada de Chavez e a abertura do capital da PetroBrás, os olhos ávidos por petróleo dos EUA estariam sobre o nosso pré-sal.
O Etanol Brasileiro incomoda - e muito - a indústria do petróleo MUNDIAL.
Nossas hidroelétricas são uma afronta, um "roubo" de mercado dos mesmos indústriais do petróleo
E não pensem que os EUA são os únicos malvados nessa história. Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Espanha, Japão e todas as nações "desenvolvidas" querem manter seu estatus e padrão de vida. Mesmo que às custas do nosso suor, roubando o capital social de quem realmente trabalha.

A Quinta Guerra Mundial é uma guerra pelo domínio da capacidade de produção energética, que é pré-requisito para produção de bens de consumo, que é a principal arma na guerra do capital, onde ganha quem tem mais no final.

Estados Unidos e União Européia estão sofrendo uma crise atrás da outra, porque seus sistemas de produção não se sustentam mais. As pessoas simplesmente não aceitam mais serem exploradas, trabalhando muito e recebendo pouco. A globalização tirou o trabalho destes países e transferiu diretamente para os locais de consumo (isso porque o que trás capital social de verdade para um país é vender para outro...). Assim, os "países-local de venda" ganharam muito know-how. Com o mínimo de capital social e organização, estes países estão criando tecnologia, se desenvolvendo. Estes ainda tem - muito - para onde crescer.

A guerra está declarada, as cartas estão na mesa. Só não vê quem não quer.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Eu reclamo

E reclamo muito mesmo.

Reclamo porque não acho que tenha o direito de modificar as pessoas, muito embora possa ter o desejo. E, quando o que eu desejo não anda lado a lado com a realidade - que não tenho o direito de mudar - sobra-me a reclamação.

Por isso, amigos que lêem o blog esperando algo profundo, este post não é para vocês.
Aliás, vários outros posts não são para vocês. Eles têm endereço certo para entrega, muito embora eu viva deixando em branco o campo. Eu espero igenuamente que as pessoas para as quais eu escrevo ao menos leiam minhas queixas. Em uma breve utopia, que entendam... Em um sonho turbulento, daqueles de acordar todo suado, imagino como seria se o conteúdo alcançasse seu objetivo: a mudança de comportamento dos destinatários de minhas petições.

Mas hoje não, sabe? Hoje eu to com vontade de dar nome a bois.

Hoje eu respondi a uma linda mensagem da Kelly (minha prima) com tema de "mãe", no facebook dela.
Mais ou menos assim:

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‎"3 anos: "Mamãe, te amo." 11 anos: "Mãe, não enche." 16 anos: "Minha mãe é tão irritante." 18 anos: "Eu quero sair de casa." 25 anos: "Mãe, vc tinha razão." 30 anos:" Eu quero voltar pra casa da minha mãe." 50 anos: "Eu não quero perder a minha mãe." 70 anos: "Eu abriria mão de TUDO pra ter minha mãe aqui comigo."...Vc só tem 1 mãe. Coloque isso no seu mural se vc admira e ama a sua mãe" (by Ale)


    • Kelly Seixas Passamos a vida reclamando inúmeras vezes de nossas mamães, mas quando a coisa aperta são elas que nos socorrem, cheias de amor e carinho!

    • Arthur Luiz Tavares Pior é tu ter ela viva tentar ter esse tipo de admiração e não conseguir porque ela simplesmente não é isso tudo... "Ser pai não basta, tem que participar" - não é mesmo?

    • Valéria Bolsoni Como MÃE.... me decepciono cada vez mais com os ditos "filhos"..... infelizmente eles não são 'tudo isso... "... Bjas minha linda... :)

    • Arthur Luiz Tavares Olha só... primeira "participação" efetiva em 8 anos, depois de ter dito algo como "não tenho filho homem"... Kelly, desculpe o barraco no teu Facebook...
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Confesso que me liguei que estraguei a intenção da Kelly com seu post só depois que veio a resposta. Não me ocorreu a réplica.
Depois, como eu mesmo indiquei... No final de 2002 eu saí da casa da minha mãe ouvindo frases como a citada. Foi muito tempo pensando os fatos, revendo cada pequena coisa que aconteceu durante toda a minha adolescência. Muito tempo chorando, deprimido, pensando "o que eu fiz para merecer isso" - de coração. Reavaliando os meus atos, tentando compreender o que deveria mudar para - enfim - obter aprovação desejada.
Mas, depois de muito tempo e de muitos exemplos que a vida me trouxe, me convenci que os erros principais não eram meus. Porque, bem ou mal, eu sempre tentei lutar pelo que acreditava - mesmo que estas coisas fossem tremendas bobagens. Eu sempre corri atrás de sonhos, eu sempre me esforcei. Sou uma pessoa solícita - sempre tenho um "SIM" pronto para cada pessoa que chega perto de mim. Sou paciente... escuto a todos com a mesma atenção. Não tenho muito carisma e não demonstro a minha empatia em sua totalidade com quem tem a cara fechada. Mas, mesmo assim, me aproximo das pessoas com certa facilidade. Meus modos, educação e maneira de pensar sempre me ajudam onde quer que eu vá.
Não pai, minha maneira de pensar NÃO é igual a da minha mãe. Não, ela não fez porra nenhuma de lavagem cerebral comigo.
Eu sou um produto das minhas conclusões. Desculpe não ser 100% você. Assim como a "lavagem cerebral" da minha mãe, a sua também não funcionou. Decidi - eu próprio - nunca me apegar a nenhum conceito tanto que não pudesse trocá-lo por outro que julgue melhor. E é o que aconteceu tanto com minha mãe quanto com meu pai. Eu simplesmente não penso igual a nenhum deles porque nenhum deles veio para perto de mim com o coração aberto. Demorou muito tempo para concluir o que o meu coração já sabia. Cada qual tinha suas próprias pedras em sua bagagem. E utilizaram da maneira como preferiram: Arremessando um contra o outro. Porém, se esqueceram que eu sequer tinha escudos para me proteger desse fogo cruzado.
O que fiz? Aprendi a desviar...
Mãe, sua incapacidade de compreender e tocar meus sentimentos fizeram com que a lembrança mais querida que eu guardo de ti seja tu me tomando lição antes de provas... lá na quinta série. Triste, não? Não tenho um beijo, um carinho, um colo, um abraço... nada para aquecer meu coração quando a saudade aperta. Só a lembrança de passar alguns momentos respondendo perguntas sobre o capítulo da prova que iria fazer dali algumas horas.
E eu penso o porquê disto...
Minha mãe era uma pessoa "para frente" na juventude dela. Tinha aspirações, idéias, energia ímpares. E não, não foi meu pai quem disse isso. Parem de ficar me torturando com a sua briguinha estúpida. Eu notei. Notei de TODOS com quem falei. Notei em cada ato. Ou vocês dois acham que eu não sei pensar? Que sou uma merda de um papagaio que só repito o que os outros dizem?
Mas voltando... Minha mãe teve tudo em suas mãos para ser o máximo. Advogada de carreira brilhante... ou o que quisesse! Ela tinha a fibra... Mas, no fim, talvez a própria fibra dela tenha jogado contra. Porque, talvez, a carreira de sucesso ou as idéias revolucionárias não fossem o mais importante para ela... talvez... eu sei é que, no caminho, ela falou muita coisa que não fez. Ela pregou valores morais e intelectuais que não se comprovaram, ao não transformarem-se em atos.
Hoje eu sei que, quando a minha mãe desistiu do direito - já em Criciúma - foi o primeiro grande vazio que eu senti na vida.

Depois, juro que tentei me reestruturar emocionalmente morando com "meu pai". As aspas são propositais e, talvez, o mais importante da última frase. Isso porque, de 2003 até hoje, muito pouco passei - efetivamente - com meu pai, de verdade. Aliás, mesmo com 28 anos batendo na porta, ainda tenho mais experiências "de pai pra filho" com o Tio Cláudio do que com ele... A maior parte do tempo passei com minha avó, na prainha "fim-de-mundo". Não que isso transforme-a em uma santa ou pessoa excelente... Até o presente momento eu me paro pensando "porque eu sou tratado como um aluno de internato na casa da minha avó"? Aliás, sobre a "casa da minha avó" só digo que "paredes e um teto podem compor uma casa, mas muito mais é necessário para se constituir um lar..." Não adianta colocar todas as flores e frutas do mundo no pátio ou uma matilha de cadelas bonitinhas dentro de casa... a casa é totalmente destituída de vida, calor humano, carinho ou afeto.

E... AS... PESSOAS... NOTAM!

Ridículo escutar "eu te cedi um quarto". Na última carta que a Fabíola me escreveu, depositando toda a raiva e indiferença que eu merecia, ela me fez questão de esfregar em minha cara o quanto a vó do Ícaro era legal, simpática... Bem, isso fez com que eu me jogasse em uma "pesquisa de campo": Como são as outras avós?
Olha, os pais dos meus amigos eu já havia visto o bastante. Desculpa pai, eu passei tempo demais da minha vida na casa dos outros, fugindo da falta de atenção nas minhas próprias, para ver mais do que a fachada. Pais e filhos brigam, pais mandam, filhos reclamam... Mas há carinho, afeto, compreensão... vontade de estar junto...
Mas voltemos à pesquisa das casas das vós... é um ponto importante...
Conversei muito - certa vez - com uma menina. Chamava-se Carol e ela tinha a sua avó... Avó que ela gostava muito. Nós dois nos identificamos porque ela também tinha pais separados... E ela me confidenciou que só tinha verdadeira paz e alegria quando estava na casa de sua avó. Lá, dizia ela, ela poderia ser "ela mesma". A vó mantinha um quarto só para ela em sua casa. Segundo fotos que ví (obrigado à toda minha família por me fazerem desconfiado de tudo e de todos...), o quarto cor-de-rosa era um sonho feminino. Cortinas com babadinhos, colchas, tapetinhos, móveis combinando... Cheguei a pensar que a vó dela a tratava como uma boneca. Ou, ainda, levou a sério demais a idéia de "dar pra neta tudo o que ela mesma não teve".
Bem, sei lá, só sei que vi isso repetido em vários locais. Avós com orgulho, tratando netos bem. O máximo do chavão "pais educam, avós estragam". Mais uma vez, insisto em dizer que não compreendo porque pareço recruta em primeiro dia de quartel na casa da minha avó.

Mas o que mais espanta nessa história toda é meu pai... Sabe, eu vejo a família como um porta-aviões. ESTOU FALANDO DA INSTITUIÇÃO, NÃO DE PESSOAS.
Bem, a instituição família é um porta-aviões. E, na analogia, os aviões são as pessoas. Nenhum avião consegue ficar por sí só. Ele precisa do porta-aviões para decolar. Precisa de sua referência para voar. Precisa MUITO para a aterrisagem. É o porta-aviões que reabastece. Que dá suporte.
E isso é em todos os sentidos. Precisamos de carinho, precisamos de atenção, cuidado... E toco abertamente em um assunto-tabu para minha família: Precisamos de dinheiro. Porque, infelizmente, nada nesse mundo se faz sem dinheiro.
Só digo assim... Passei uma adolescência inteira à mingua. Não fazia coisas. Não saía, não acompanhava meus amigos... Na única vez que relamente quis algo (o Namoro com a Fabíola) fui severamente julgado por ser "dinheirista". Por gastar o dinheiro do meu pai e da minha avó... Alguém avisa pra eles que isso é - para adolescentes - normal? Alguém avisa que isso acontece até que possamos "andar com as próprias pernas". Melhor ainda, alguém avisa pro meu pai, pra minha mãe (principalmente os dois) e, depois, pra minha avó que são eles que devem (DE-VEM) me ajudar a "andar com as minhas próprias pernas"?
Porquê o Sr Ary ganhou casa, comida e roupa lavada para fazer a faculdade. Ganhou dinheirinho da minha Bisa a tempo e a hora para fazer o que precisava. Ganhou até ajuda da Tia Gina para pagar a faculdade em diversas vezes. Tudo isso já tendo curso superior. Tudo isso enquanto EU estava tentando tirar a minha primeira faculdade. Ele lá, concorrendo comigo, gastando dinheiro que não tinha enquanto a minha faculdade fica atrazada até eles decidirem pagar...
Pior, na "prainha-fim-de-mundo" não há trabalho para pagar a faculdade...
(Só para constar, meu pai terminou a faculdade, escolheu um ramo que não tem mercado no Brasil e não está trabalhando efetivamente... Logo, todo o investimento - por enquanto - foi só excentricidade.)
É irônico que, para ter possibilidade de "andar com as minhas próprias pernas" eu tenha que sair do "porta-aviões" da minha família e passar a usar outros "porta-aviões" por ai.
Aliás, querem saber porque a dona Ereni me odiava tanto? Simples: ela sabia disso tudo. Sabia que eu não tinha apoio da família e teria que me matar para conquistar algo.
Sabia que meus pais eram uns desleixados para comigo e que não iriam "levantar o trazeiro gordo" nem para o básico.
Aliás, até os maconheiros dos pais da Amanda sabiam disso.
Aliás... os pais da Mariana também sabem.

Aliás... QUALQUER UM QUE ME CONHECE SABE DISSO... DÁ PRA VER NA CARA!

E, não se enganem. Toda ou qualquer mentira que tenha proferido nesse tempo todo é fruto dessa falta de estrutura. Começou com um "conselho de mãe": "Se te perguntarem a profissão dos teus pais, Teu pai é Engenheiro e tua mãe é Advogada." Na época minha mãe era estudante de direito e meu pai jamais foi - de fato - engenheiro.
É claro que, quando os pais dos meus colegas ouvem essa mentira, esperam um muleque riquinho de amigo dos filhos. Ainda tenho o estereótipo de "riquinho rico" (loiro/castalho de olhos azuis...), o que só colabora para que os outros criem uma imagem de mim. O problema é que, com a falta de empreendimentos dos meus pais, a imagem não se materializa. Ai é fácil o Arthur ser o mentiroso na história toda...

E o pior é que, mesmo assim eu estou aqui. Eu estou me esforçando. Me mato trabalhando, mostrando que sou bom, que há pessoas que reconhecem a minha capacidade, talento, a minha pessoa.
Muito diferente de vocês três, cada qual com sua loucura de vida, achando que o Arthur não precisa de ajuda para faculdade, que o Arthur não precisa de apoio e incentivo, achando que é o Arthur quem tem que provar algo para vocês... Mesmo sendo vocês que me devem anos de abraços, incentivos, ajuda para abrir portas, camaradagem, jogos de futebol no quintal e afins.

Pai, quando vamos usar a maldita bola de voley que tu comprou? Nem quando eu fiz as prateleirinhas lá pro quarto tu quis me ajudar...
Aliás pai... pra um tarado por qualidade de equipamento, tu pecou  E MUITO em não ter me dado um instrumento de verdade... Ou tu acha que o som que eu tiro naquele violão pau-velho é o máximo da minha capacidade? Teu filho já se apresentou em público com bons intrumentos e todos gostaram...
Mãe, saiba que a porta até mim está sempre aberta... inclusive no que eu disse ali em cima. Eu juro que tento ter admiração. Eu quero. Mas não consigo encontrar motivos. Por favor, os dê! Faça algo, conquiste os sonhos que tu tanto queria, corra atrás... É possível.
Vó... Vou dizer denovo, reafirmando que não se trata de uma ofensa mas, sim, um desafio: EU nunca ví a Catarina professora, orientadora ou supervisora. Eu só ví a Catarina faxineira e a Catarina jardineira. Gostaria muito de ver a minha avó se portando como a pessoa que todos dizem que ela foi. Gostaria de ver minha avó editando e publicando seu livro. Dando palestras Brasil, América-latina e, porque não, mundo a fora. Sendo respeitada por todos.

E, hoje, eu luto só por isso. Luto pelo sonho que eu vejo cada dia mais distante... O Sonho de ter uma família normal. Um pai protetor, alguém que mereça ser chamado de "Sr" quando se cumprimenta.
Ter minha mãe amorosa e acolhedora, a quem mereça todas as proteções do mundo.

Mas...
Como eu disse no início, sou um sonhador de utopias...

Novamente, desculpem os amigos que lêem o blog procurando algo mais do que minhas reclamações.

Supercordas & 10 Dimensões

Quantas Dimensões a Física Conhece?

OS DEZ MANDAMENTOS
Na Teoria das Supercordas, dimensões vão de uma simples reta até um conjunto de big-bangs.

Oficialmente, apenas 4, mas há teorias que sugerem até dez dimensões. Uma das correntes científicas que defendem as dez dimensões é a Teoria das Supercordas, que afirma que as dez dimensões interagiriam entre sí como as cordas de um violino. Mas tudo fica só na especulação: os próprios cientistas admitem que, com a tecnologia atual, ainda não é possível comprovar as dez dimensões.

1 - Largura
Antes da primeira dimensão, existe a dimensão zero, que é apenas um ponto.A conexão entre dois pontos forma a primeira dimensão, que é uma reta. Nosso conceito de largura vem da conexão entre os pontos.

2 - Plano
O plano é a segunda dimensão. Para ser bidimensional, um objeto precisa ter dois valores numéricos (correspondentes ao nosso conceito de largura e comprimento) para ser situado, prque ele tem dois eixos.

3 - Espaço
A terceira dimensão é o espaço. Para um objeto, isso significa ganhar profundidade e se tornar tridimensional, ou seja, ser dono de três valores numéricos que o situem (largura, comprimento e profundidade).

4 - Tempo
A quarta dimensão é a duração ou o tempo. Ela é a lnha que leva cada ser quadridimensional (como nós, seres humanos) do começo (eu bebê) ao final da existencia (eu velinho). Nós não percebeos essa dimensão, por isso, não podemos voltar ou avançar no tempo para ver nossos "eus" passados e futuros.

5 - Conjunto de Possibilidades
Na quarta dimensão, a cada momento, uma série de variáveis define o que seremos no instante seguinte. A versão que fica (o eu "normal") é apenas uma entre infinitas que poderiam ter acontecido (como "eu viking", "eu palhaço" ou "eu pirata"). A quinta dimensão é o conjunto de todas essas versões.

6 - Caminho entre Possibilidades
A sexta dimensão é o caminho entre as possibilidades da 5D. Seria como se todas as suas infinitas versões estivessem dispostas em um único plano, como uma folha, e você pudesse dobrar essa folha, encostando um lado (o "eu normal", por exemplo) em outro lado (o "eu viking").

7 - Multiplas Linhas Tempo-Espaciais
7a - Os vários "eus" possíveis da 6D estão dentro de um universo. A sétima dimensão pega o conceito da linha temporal da 4D e aplica a todo esse univesro, traçando uma linha do tempo que começa no big-bang, evento que teria dado inicio a tudo.
7b - Mas não é só: a sétima dimensão também diz que, assim como cada um de nós, o universo também pode ter várias versões, e estabelece que existem universos alternativos ao nosso, originados do mesmo big-bang.
7c - O "nosso" big-bang é apenas uma possibilidade. Podem existir outros big-bangs diferentes que podem ter dado origem a outros universos, os quais também podem ter infinitas versões. A 7D reúne todos os big-bangs e todos os infinitos universos possíveis.

8 - União de Big-Bangs
Imagine todos os big-bangs distribuídos em um círculo, onde cada big-bang possua uma conexão com seu oposto. Todas essas conexões se encontram em um vértice no centro deste círculo. A oitava dimensão é esse vértice, um ponto de intersecção a partir do qual se pode-se chegar a qualquer big-bang.

9 - Dobra Espacial
Partindo do proposto na 8D, imagine que o vértice é um ponto onde o plano formado antes pode ser dobrado. A nona dimensão nada mais é do que uma dobra nesse plano, para encostar um big-bang no outro e permitir viajar entre eles - como as viagens entre "eus" da 6D.

10 - Big-Bang Highway
A décima dimensão é o conjunto de todos os caminhos para todos os big-bangs, que dão origem a todos os universos. Imagine pegar todas as nove dimensões e juntar tudo em um pontinho. Essa é a décima dimensão - o fim do caminho, onde não há mais para onde ir.

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Há quem imagine, ainda, que a décima dimesão é cíclica. Assim, quando todas as possibilidades se reúnem em definitivo, temos tanta matéria e energia em um único ponto - como um buraco-negro multidimensional - que ele simplesmente explode. Nesse momento, um novo "primeiro conjunto de big-bangs" ocorre, recomeçando todo o processo.
Esse momento ímpar da singularidade é a décima primeira dimensão.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011