sábado, 13 de outubro de 2012

Direitos Iguais. Deveres iguais. Consequências Iguais.

Primeiramente, assista a este vídeo.
Entender Inglês ajuda MUITO a entender o que se passa. Mas eu vou traduzir as falas importantes, no comentário que farei. Então, simplesmente ASSISTA AO VÍDEO.



Ok.

Primeiramente, quero deixar claro que eu não sou a favor de NENHUM tipo de violência. Acho até que vingança não é solução para problema algum. Inclusive para crimes. Acredito, sim, em tratamentos psiquiátricos e reabilitações.
Mas também não consigo ser um hipócrita. Mesmo com esse "papo pacifista" em que acredito, não me engano ao ponto de esquecer a natureza humana. Frequentemente a raiva sobe à nossa cabeça. A visão turva, os pensamentos cessam e passamos a reagir instintivamente. Nesse momento, não existe outro modo de dar vasão senão acertando um belo murro na cara de quem nos tirou do sério.

A menina neste vídeo estava afrontando o motorista do ônibus público. Sim, aquilo é um ônibus de linha, nos Estados Unidos. A menina literalmente queria cagar regras sobre como o motorista deveria fazer o seu trabalho. Em pleno trabalho. Sabe a plaquinha de "não converse com o motorista"? Então. A guria poderia ter causado, inclusive, um acidente de trânsito, só em sua discussão.
O que seria o nosso "cobrador" estava ali, perto, tentando remover a guria. Tentando pedir que ela pegasse leve. Não. Não conseguiu tirar a pentelha dali.

O motorista estaciona o veículo e pede - até com muita educação para quem já ouviu tanta merda - que a guria saia do ônibus. Então, quando menos esperávamos, a guria ataca o motorista. Vejam bem o vídeo: ELA dá o primeiro golpe.

O motorista levanta e acerta um gancho no queixo da moça que, fosse em mim, teria desmaiado ali mesmo. Mesmo assim a guria ainda luta para retornar ao ônibus.

Muitos discutem com o motorista.

A primeira frase que eu identifiquei, ali, foi "Ela é uma mulher!" ("She is a female!")
E o motorista devolve uma excelente frase: "Ela não queria ser tratada como um homem? Eu a tratei como um homem!"

Vamos deixar BEM CLARO aqui. Lutar por direitos iguais? OK. Se as mulheres não tivesse os mesmo direitos dos homens, hoje, eu, Arthur, seria o primeiro a sair às ruas exigindo-os. Não vejo "homens e mulheres" nas ruas. Vejo Pessoas. Isso é o justo. E, por coincidência, é assim que as nossas leis veem o cidadão: como pessoa. Logo, as mulheres têm, sim, os mesmos direitos que os homens. Não é culpa minha, entretanto, que nossas leis sejam confusas, que as mulheres não busquem seus direitos e aceitem injustiças para consigo.
O problema, aqui, é que as mulheres só lutaram pelos DIREITOS iguais. Só que parece que não entenderam que, para cada DIREITO conquistado, existe a RESPONSABILIDADE em usá-lo, DEVERES para garanti-lo e CONSEQUÊNCIAS pela infração dos deveres.
Então, para se livrarem de certas responsabilidades, deveres e consequências, as mulheres militaram e conquistaram direitos especiais. Exemplo? Sempre existiu a lei que proíbe agressão física entre pessoas. Se você for agredido, basta ir à delegacia, fazer um exame de corpo de delito, registrar um Boletim de Ocorrência e acionar judicialmente o agressor. Simples. Mas, agora, com a Lei Maria da Penha, se qualquer pessoa ligar para a polícia e disser "o marido está agredindo a esposa", o cara vai preso. MESMO QUE A MULHER NÃO REGISTRE QUEIXA. Porque disso? Porque muitas mulheres não acionam os seus carrascos maridos, "por amor". Só que, agora, é bom que sua mulher não grite em casa. Não faça cócegas ou pratique sexo selvagem. Se sua mulher gritar muito, um vizinho pode ligar para a polícia e nem sua mulher vai poder retirar a queixa.
Viu? Exemplo claro de como as mulheres conquistaram direitos especiais, para não terem que cumprir os deveres inerentes aos direitos que já existem.


E, é claro, a multidão logo berrou "e os direitos da mulher?", para o motorista.
Novamente ele respondeu brilhantemente: "Ela queria direitos iguais, eu dei a ela uma ESQUERDA igual!" (trocadilho mencionando que as mulheres possuem direitos diferentes tentando ser iguais aos homens).

Amigo, insisto que a violência não é o caminho. Mas sempre foi óbvio que isso aconteceria. A mente das novas gerações não compreende o que aconteceu com as gerações anteriores. As meninas novas não sabem o que as suas tataravós passaram. Por isso, não compreendem corretamente os direitos que receberam de mão beijada. E, como é comum a tudo que é ganho sem esforço, muitas meninas hoje em dia tornam-se prepotentes por causa de suas regalias legais.

A menina não tinha NENHUM direito de estar reclamando o que quer que fosse com o motorista. Inclusive, estava agindo contra uma regra clara em todo o mundo: não fale com o motorista. Pior: quando recebeu a consequência por seus atos, ela agrediu o motorista. Amigo, se esse cara não tivesse reagido, poderiam dar uma nuvenzinha para ele, no céu, agora mesmo. E os passageiros, mesmo tendo presenciado toda a confusão, ainda saíram em defesa da maloqueira guria.

Eu acho que sou um neo-feminista. Agora, depois que elas já conquistaram direitos iguais e até conquistaram direitos exclusivos, eu acho que está na hora de batalharmos para que as mulheres recebam igualdade nas RESPONSABILIDADES, DEVERES E CONSEQUÊNCIAS, também.

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